O grande destaque no mundo da moda esta semana não foi o início da New York Fashion Week, mas as especulações sobre quem será o próximo diretor criativo da Chanel, um dos cargos mais cobiçados da indústria em décadas.
Muitos já têm o seu palpite, mas na realidade as especulações só crescem e não se sabe ao certo quem assumirá o tão desejado cargo.
No entanto, após meses de expectativa, parece que a Chanel está perto de definir quem assumirá o tão posto. De acordo com a jornalista Lauren Sherman em sua newsletter para a Puck News, a decisão está iminente. Desde junho, quando Virginie Viard deixou a posição de forma repentina, a cadeira de diretor criativo está vaga. Nomes como Hedi Slimane, Gabriella Hearst e Jeremy Scott foram mencionados como possíveis sucessores, segundo várias fontes.
Contudo, de acordo com Sherman, o nome mais forte para o cargo é Simon Porte Jacquemus. O jovem estilista francês parece ser o favorito de Bruno Pavlovsky, diretor de moda da Chanel.
Segundo tititis; Jacquemus já apresentou suas ideias para Pavlovsky e outros executivos e está se preparando para uma reunião crucial com o proprietário Alain Wertheimer em Londres, no início de setembro. Para esse encontro, Jacquemus montou uma equipe de oito pessoas para ajudá-lo a desenvolver sua visão.
Embora Jacquemus tenha afirmado ao longo dos anos que prefere focar na construção de sua própria marca, a oportunidade de liderar a Chanel é irresistível e comparável ao legado de Karl Lagerfeld, que também gerenciava várias marcas ao mesmo tempo. Apesar de declarar interesse em continuar focado em sua marca pessoal, a perspectiva de comandar uma gigante como a Chanel pode ser uma exceção.
Sob a liderança de Lagerfeld, a Chanel transformou o mercado de luxo, fazendo dos desfiles eventos culturais e usando esses momentos para alavancar a venda de fragrâncias, maquiagens e acessórios. Assim como Lagerfeld, Jacquemus tem talento para criar desfiles memoráveis, mesmo com orçamentos menores, o que o torna um forte candidato.
Caso ele assuma o posto, sua própria marca provavelmente continuaria a existir, e é possível que os Wertheimer o apoiem financeiramente em projetos paralelos, semelhante ao que aconteceu com Lagerfeld, que gerenciava sua marca homônima enquanto trabalhava para Chanel, Fendi e Chloé. Esse equilíbrio entre múltiplas marcas é raro, mas Jacquemus pode estar à altura do desafio.
No entanto, a escolha do novo diretor criativo da Chanel é um processo estratégico e complexo. Outros nomes, como Thom Browne e Pieter Mulier, também estão na disputa. A Chanel, conhecida por seu planejamento meticuloso, está empenhada em encontrar alguém capaz de perpetuar a essência da marca, enquanto traz um toque de inovação. A decisão final será tomada com cautela, visando a continuidade do sucesso da casa nas próximas décadas.
