Uma volta aos anos 60, guitarras, tecidos esvoaçantes, flores e muito idealismo, um mix de boho mas com a criatividade pós moderna.
Yolancris trouxe mais do que uma coleção, fomos levados a uma verdadeira ode aos anos 60 — aquela década marcada por liberdade estética, mudanças culturais e uma explosão de estilos que celebravam autenticidade e movimento. A coleção resgata o espírito folk e hippie, reinterpretando o boho com excelência em design, tecidos e atitude.
A fluidez aparece como protagonista absoluta. As linhas dos vestidos deslizam, leves, quase como se fossem moldadas pelo vento: saias amplas, tecidos translúcidos, rendas, babados sutis e camadas que se sobrepõem com graça.
Existe uma musicalidade nesses materiais — cada gota de tule, cada propagação de renda, transforma a peça em movimento.
Na passarela, as modelos parecem dançar, mais do que desfilar, evocando fotografia cinética e cenas de festivais californianos ou Woodstock.
O boho chic, tão característico de YolanCris, ganha novas nuances. Há o retorno aos elementos artesanais — bordados feitos à mão, franjas — somados a cortes assimétricos e recortes estratégicos que mantêm o frescor e a modernidade.
A centelha vintage dos anos 60 está presente nos estampados florais, nas silhuetas menos estruturadas, no cabelo solto, no brilho discreto ou nos acessórios que parecem achados de viagem — colares longos, brincos pendentes, cintos finos ou faixas… tudo reforçando uma estética de “alma livre”.
Também impressiona como YolanCris consegue casar essa nostalgia com sofisticação contemporânea. O boho não se torna clichê; em vez disso, transforma-se em algo aspiracional, romântico, sem perder o conforto.
Em resumo, esse desfile é um manifesto: o boho se reconecta com as raízes dos anos 60 — a fluidez, o artesanal, a liberdade — mas caminha firmemente para um presente em que estilo, atitude e autenticidade se sobrepõem ao mero ornamento. É um convite para que quem veste YolanCris se reconheça parte de algo maior — de um legado estético que transpira, vibra, voa.
