Buongiorno queridas(os)
Esse foi um dos destinos que achamos muito encantador. Na realidade ele nem estava no nosso roteiro, aliás, nada estava no nosso roteiro, apenas a passagem de ida e de volta, mas no meio das nossas incansáveis pesquisas as fotos de Lecco nos surpreenderam e então resolvemos conhecer o local.
Lecco é uma cidade na costa sudeste do Lago Como, no norte da Itália com trilhas para todos os níveis.
Vou dizer que não foi fácil, pois era alta temporada, verão europeu (julho) e pra achar um hotel estava quase que impossível.
Me lembro como se fosse hoje, paramos para comer algo a beira do lago e buscamos vários hotéis, todos estavam com overbook. Foi aí que conseguimos o San Gerolamo e, nada, mas nada nessa vida acontece por acaso… fomos parar num hotel super aconchegante, ao pé de um castelo, com uma vista linda e um café da manhã delicioso.
A recepção foi calorosa, tão calorosa que passamos a nos sentir em casa. Aliás, acho que todo mundo que se hospeda no San Gerolamo deve se sentir assim.
A primeira coisa que fizemos foi subir para o castelo, e olhem só quantas paradinhas bacanas até lá. Ah, você sobe caminhando mesmo não precisa de transporte.
Na subida para o castelo há diversas capelas para chegar ao eremitério de San Girolamo Emiliani .
Claro que fizemos diversas paradinhas para fotos, para beber água da fonte e para apreciar o visual.
Castello dell’Innominato – Lá de cima se tem uma vista encantadora do lago.
O castelo não é grande e a vista é surpreendente.
Entre as diversas capelas tem um local onde você pode deixar seus pedidos e orações. A subida é bem grande e arborizada. A sensação de paz é inexplicável.
Depois de conhecer o castelo e fazer as caminhadas matinais por lá, resolvemos rodar um pouco para conhecer o lago e quem sabe dar até um mergulho nele.
Vercurago – onde fica o hotel- fica a aproximadamente 5 km do lago, nos horários de pico o trânsito pára, mas como estávamos de férias procuramos circular em horários alternativos.
Da janela do carro já se faz boas imagens. O lago é verdadeiramente lindo e limpo e gélido! Sim! muito frio. Para quem está acostumado com o clima do Brasil, entrar em águas cariocas é moleza, quero ver tirar coragem pela manhã e banhar-se em Lecco, mesmo com sol.
Nós conseguimos! Eu não fui muito corajosa, apenas molhei os pés, mas meu marido deu suas braçadas.
Andamos muito a beira do lago mas não conseguimos percorrê-lo de ponta a ponta, ele é imenso!
As montanhas que o cercam são lindas e as fotos parecem pinturas em tela. Os motoristas são cautelosos, deve-se respeitar os locais certos para estacionar o veículo e lanchar apenas nos pontos que não são proibidos.
A paz é tão grande que acho que ficaria ali por horas. Pena que quando estamos viajando temos ânsia de conhece mais e mais lugares e, nessa hora relaxar é quase que impossível.
Para quem tiver mais tempo disponível a bicicleta é sempre bem vinda e por lá ciclista tem seu espaço garantido.
Todos os lugares são muito bem cuidados e respeitados pelos turistas. É incrível como os automóveis acabam sendo quase que um problema pois não há muitos lugares onde possa se estacionar. É uma cultura bem bacana, de conscientização. Manter um automóvel na Europa e circular com ele é caro! É caro estacionar, são caros os pedágios, gasta-se muito em relação a isso.
Também não achamos a alimentação muito barata não. Tem que saber comer e escolher.
Como falei no começo do texto que nada acontece por acaso….
Na hora que chegamos ao hotel fomos recebidos pelo Luca (primeiro a direita) e, num bate papo informal acabamos descobrindo que ele tem um bistrô super delicioso no centro de Lecco, e, então rolou de fazermos um vídeo para o meu canal.
Foi uma farra! Primeiro porque não tinha equipamento, apenas uma câmera na mão, segundo que a gente misturava inglês, italiano e português e terceiro porque o clima estava muito gostoso. Conheci um dos chefes que é brasileiro, o Léo e que, por incrível que pareça, se formou na mesma universidade que eu em São Paulo (Eita mundo pequeno)!
Degustamos um cardápio maravilhoso no Lek Bistrot e demos muitas risadas. Aprendemos um pouco sobre a vida local e nos despedimos da cidade com chave de ouro!
Bem, o que a gente leva desta vida é experiência e vivencia. Posso dizer que nossos sentidos estavam bem aguçados durante a viagem pois descobrimos coisas que jamais imaginávamos que existissem ou que iríamos ver.
Os dias nos surpreenderam, os nossos sensores também, pois não erramos em nenhuma escolha. Foi um misto de curiosidade com realização e encantamento.
Bebemos muitos vinhos, descobrimos que depois de 20 anos conseguimos dar gargalhadas juntos, nos estressamos, nos entendemos e crescemos.
Ah! Como a gente cresce quando está longe de casa em mares nunca dantes navegados, ou melhor em lagos nunca dantes navegados.
Temos ainda muitas histórias pra contar.
Então, fiquem ligadas(os) que em breve vem mais um post sobre outra parada incrível!
Baccio e fiquem com esse pocket delicioso – uma câmera na mão e muita história pra contar!