Ilha da Madeira foi um dos destinos que optamos para passar 3 dias das nossas primeiras férias em Portugal.
Para começar eu digo: que vontade de lá ficar! Mas … vamos começar pelo começo, não e mesmo?
Mês de janeiro, baixa temporada na Ilha, pagamos 154 euros por 4 passagens de adultos ida/volta Lisboa/Madeira pela Ryanair.
O voô foi tranquilo, compramos as passagens pela e-dreams e não tivemos problemas, fizemos o check-in online e a única chatice foi sentarmos separados, mas o voo foi rápido, o que não gerou insatisfação. Caso queiram podem pagar de 8 euros ( por pessoa) para mais e escolher os assentos.
Fomos de carro para o aeroporto e deixamos o veículo com a Red Park até a volta, por 3 dias inteiros, investimos 25 euros. Eles nos encontraram na entrada do terminal e nos devolveram o carro no mesmo local. Indico! Muito prático e confiável.
Chegando no aeroporto da Ilha já tínhamos o carro alugado pela Centauros, um funcionário estava a nossa espera. Alugamos um fiat 500 e por 3 dias pagamos 69 euros. No ultimo dia devolvemos o carro no escritório e a cia nos levou ate o aeroporto. Indico também. Sem problema nenhum!
É essencial alugar um carro para para poder percorrer a Ilha, muito mais pratico e barato do que comprar os passeios, que custavam em média 60 euros por pessoa.
Ficamos hospedados no Residencial Colombo, para 4 adultos gastamos 154 euros sem café da manha. O hotel é limpo, tem bom atendimento, é muito bem localizado, as camas são boas, mas é bem simples, mas simples do que pensamos. Não interferiu em nada, pois o quarto tinha uma mini cozinha e isso facilitou bastante.
Do hotel dava para caminhar até o shopping, e ate o centro histórico e o cais.
Na realidade não fizemos um roteiro, mas demos muita sorte de conhecer bons pontos e vamos deixar aqui as dicas.
A dica essencial é: arranjem um mapa local ou imprimam na internet. Vai facilitar os roteiros.
Nosso primeiro ponto foi em Machico – Caniçal, paramos só para olhar e a vista já era muito bonita.
Foi apenas uma paradinha rápida, era bem cedo, muito antes do check-in, então resolvemos dar uma volta ao redor de Funchal.
Próxima parada foi em Santana.
“Tradicionalmente conhecidas sob o nome de “Casinhas de Santana”, elas seguem uma forma triangular, o que é bastante atípico. Embora esta forma geométrica particular faz com que a casa não seja muito grande, permite por outro lado que a água de chuva seja bem drenada. Efectivamente, os telhados desta construção estão totalmente inclinados devido justamente ao aspecto triangular. Outra particularidade que podemos ressaltar, é obviamente, um fato do que o telhado vai até o chão.
Adicionalmente, são casas de madeira, feitas de palha e de colmo, ou seja, mesmo com materiais naturais e tradicionais da zona. Enquanto as paredes, foram utilizadas as pedras naturais.
As casas de Santana são coloridas, geralmente com o azul, o vermelho para os contornos das portas e das janelas, assim como o branco nas fachadas. Podemos ver que se adicionaram flores às janelas para ressaltar a beleza da edificação e criar certa harmonia com a natureza. “
fonte: Encontrar meu arquiteto
De Santana seguimos para o mirante São Vicente – Boa Ventura. A vista realmente surpreende.
Há um restaurante mirante no local, mas não cheguei a checar nem preços e nem o menu.
Dirigimos mais um pouco e chegamos em Porto Muniz.
Adorei a praia… fria mas com prática de surf. Areia escura e paisagem bem diferente.
Essa é a praia de Seixal.
A Ilha é grande, mas se traçar roteiros dá pra conhecer muita coisa em pouco tempo.
Um dos lugares que não podem deixar de ir é o Parque Florestal Fanal. Sabe aquele lugar que te transporta à um conto de fadas? É lá!
Frio demais, com nevoeiro pela manhã é um espetáculo visual.
Parece aqueles livros antigos de contos, aquelas histórias que a gente tapava a cabeça embaixo da coberta com medo do que ia aparecer por perto .
Engraçado como a gente traz à tona as memórias… me lembrei de sítios com os primos na infância onde eu morria de medo de barulhos e espantalhos; me lembrei de João e Maria perdidos na floresta e da Branca de Neve correndo para longe da bruxa .
Me lembrei de medos, mas tive a sensação de liberdade, tive coragem e tive curiosidade em saber o que morava por trás da névoa.
Lugares para mim são assim, repletos de significados e signos e ícones que tento desvendar. São nesses momentos que conheço um pouco mais de mim e do que carrego na minha caixinha de lembranças .
Isso se chama CONEXÃO COM O EU !
Listada como Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1999 e Patrimônio Natural da Humanidade, esta densa floresta também é protegida pelo Parque Natural da Madeira desde 1982 .
Fanal é uma floresta de louros particularmente úmida, devido ao clima subtropical da ilha e a floresta está muitas vezes em névoa e neblina .
Vale muito a pena a visita .
Para o primeiro dia conhecemos muitos lugares, deu tempo de ir ao shopping almoçar, andar pelas ruas do centro de noite e dormir cedo para poder ter mais energia pela manhã.
No segundo dia fomos à Ponta do Sol, para conhecer a famosa Cascata no meio da rua.
Foi um dos lugares mais divertidos. A Cascata tem uma queda de 30 metros, as pessoas se refrescam na água e revezam a diversão com os carros que passam por debaixo da mesma. Paramos um pouco para apreciar e molhar as mãos.
Seguimos para o Parque natural de Madeira, mas não fizemos a trilha, era longa e não queríamos estar tanto tempo expostos ao frio.
Queríamos seguir a trilha do Pico do Areeiro “O Pico do Areeiro é um pico situado na ilha da Madeira. Com 1818 metros de altitude, é o terceiro pico mais alto da ilha, depois do Pico Ruivo e do Pico das Torres. O pico é o marco divisório entre o concelho de Câmara de Lobos, Santana e Funchal e é acessível através de automóvel.”
O frio estava intenso e havia muita névoa, o que não nos permitiu ver nada do mirante. Do pico do Areeiro dá para ir ao Pico Ruivo, mas as condições climáticas não ajudaram.
Um outro ponto que vale a pena visitar é o Mirador em São Gonçalo, próximo ao aeroporto. Dizem que é um dos pontos mais bacanas para ver a queima de fogos na passagem do ano. o Por do sol é lindo.
“Funchal começou na rua de Santa Maria, que fica a 150 metros do mar .
Foi ali que os primeiros habitantes da cidade se fixaram, sendo a maioria deles artesãos. Mas com o desenvolvimento de outras áreas da ilha nos últimos 50 anos, o coração do centro antigo de Funchal começou a ficar de escanteio.
Aí surgiu o Portas Abertas, um projeto de revitalização do centro antigo que veio para sensibilizar a população e abrir espaço para qualquer pessoa que esteja disposta a oferecer sua criatividade à cidade.
Funciona assim:
A prefeitura cede as tintas para os trabalhos dos artistas;
O artista se expressa e ganha visibilidade;
A rua ganha vida, a área se torna mais agradável e atrai estabelecimentos comerciais;
Os moradores e turistas ganham mais um lugar atrativo para visitarem;
A região fica mais valorizada.
Um ciclo virtuoso, onde todos ganham e que começou com um pingo de arte numa área degradada. “
Além das portas, vários restaurantes e uma caminhada nas ruazinhas também precisam fazer parte do roteiro.
Não deixem de provar o prato típico da região: peixe espada com banana.
Provem também a Poncha.
“A poncha é uma bebida tradicional da ilha da Madeira, que foi criada em meados do século XIX como uma variação de outra bebida, o “panche” (ou pãnch), que foi trazida Índia tempos antes.
Durante os anos 1900, a poncha foi uma bebida bastante consumida entre as famílias de Madeira. Inclusive, de acordo com estudiosos, uma bebida similar já era consumida por navegadores portugueses no século XVI.
A poncha é uma mistura bem elaborada de aguardente de cana-de-açúcar, açúcar e sumo de limão. Nos tempos das navegações, esta bebida era resultado de uma calda que era usada para conservar limão em potes.”
Realmente a Ilha é repleta de lugares para conhecer e, ter um carro pode facilitar muito.
Fomos ao Cristo Rei. Já tinha visto algumas fotos da escadaria na internet e fiquei interessada. o lugar é lindo, tem banheiro público e tem também um bondinho que desce para praia de Santa Cruz/ Caniço.
Nesta praia consegue-se alugar roupa de mergulho para ver a fauna local. A água é bem clarinha e, mesmo no frio, é convidativa, mas eles fecham cedo; tentamos mergulhar as 15h e já não estavam operando.
Santa Cruz tem pedras ao invés de areia, é uma paisagem diferente e bem charmosa.
Não poderia deixar de citar o Mercado dos Lavradores, um prédio que preserva a arquitetura tradicional e tem um toque moderno.
Vale a pena o passeio; há restaurante, peixaria, flores, mimos e muitas frutas.
Frutas da estação ou até mesmo fora de estação, frutas exóticas e cheias de cores . Elas nos convidam à degustação! Não são baratas; pagamos por duas metades de pitayas 14euros, mas valeu !
Como podem ver conhecemos muitos lugares em poucos dias. É importante ter o mapa e traçar roteiros.
Não esqueçam de checar a temperatura e levar as roupas apropriadas, tem pontos que são extremamente frios.
Amamos a Ilha e pretendemos voltar para explorar outros pontos e, conhecer a famosa festa das Flores.
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